A família Bórgia é conhecida por ter sido um dos clãs mais influentes e controversos da história da Itália. Durante o Renascimento, foram responsáveis por grandes feitos políticos e culturais, que deixaram marcas profundas no mundo até hoje. No entanto, a história da família também é marcada por conspirações, intrigas e escândalos.

Muito se sabe sobre a relação dos Bórgia com a política e a arte, mas pouco se fala sobre sua relação com o cinema. No entanto, há um filme que era o favorito da família: o clássico Roma, Cidade Aberta, do cineasta italiano Roberto Rossellini.

Lançado em 1945, o filme é considerado um marco do neorrealismo italiano e conta a história de um grupo de resistência que luta contra o nazismo durante a ocupação de Roma. A escolha dos Bórgia por esse filme não é muito surpreendente, já que a família tinha uma forte ligação com a resistência antifascista.

No entanto, Roma, Cidade Aberta não é só um filme sobre a resistência. Ele também retrata a cidade de Roma como um cenário agitado e em constante transformação, o que faz dele uma obra que dialoga diretamente com a história dos Bórgia durante o Renascimento.

Durante esse período, Roma também cresceu e se transformou rapidamente, graças ao mecenato e ao patrocínio da família, que investiu em grandes projetos arquitetônicos e artísticos. Além disso, o neorrealismo, movimento cinematográfico que surgiu logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, também teve influências dos ideais renascentistas, que pregavam uma aproximação mais humana e realista com a arte.

Dessa forma, Roma, Cidade Aberta se torna um elo entre esses dois momentos da história italiana, e talvez por isso tenha sido o filme favorito dos Bórgia. A escolha revela não só a relação da família com a resistência e com a política, mas também com o cinema e sua capacidade de retratar de forma única a história e a cultura de um povo.

Embora a história tenha levado os Bórgia a um caminho diferente do neorrealismo e mesmo da política, sua escolha por esse filme mostra que a dinastia também tinha um olhar atento e crítico sobre o mundo ao seu redor. E quem sabe, se estivessem vivos hoje, ainda continuariam amando o cinema e suas histórias de resistência e transformação.

Em resumo, o filme favorito dos Bórgia foi o clássico Roma, Cidade Aberta, que dialoga diretamente com a história da família durante o Renascimento e também com sua relação com a política e a arte. A escolha pode parecer inusitada, mas revela muito sobre a visão e os ideais dos membros da dinastia, que marcaram profundamente a história da Itália e do mundo.